DIVAGANDO
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A
chuva não cessou esta semana, foi dia de muita umidade e sem previsão para
quando aquilo iria parar bom não há meteorologista, o que pode prever mais
chuva é a geladeira que chora o tempo todo deixando uma poça no chão. Os
cachorros estão hibernando e os passarinhos... Nem se vê mais. Devem estar
escondido em alguma arvore. O rio esta agitado viajar nem pensar a maresia é
demais, um vai e vem nos braços um sobe e desce de ondas.
Já na rua descalço passo diante de um velório
dentro de uma pequena casa igreja ou uma igreja casa, soube contado por Elisabete que escutou de João
que ouviu de Jussara que era um menino, menino peralta que foi brincar com a
arma de caça do pai e acabou por colocar tanta pólvora e ao acender um fósforo
a arma disparou o pai correndo desesperado somente um corpo imóvel achou.
Passando apressada sem olhar para as pessoas para que não pudesse olhar em seus
olhos a dor, não suportaria perder um filho não deve ser nada fácil e depois o
que falar para uma mãe? Que foi a vontade Deus? Não aguentaria escutar algo
assim se fosse comigo. Situações assim me deixam arrepiada.
Em
um cartaz leio sobre uma palestra que haverá mais tarde na igreja, o tema:
"5 coisas que o marido espera da mulher" Fixo os olhos no cartaz e
fico imaginando o que seria estas cinco coisas, e na mesma hora poderia
enumerar as coisas que uma mulher espera do marido e ficaria imensa minha lista,
bobagem não poderia enumerar tamanha tolice. Não mesmo.
Há
os pés descalços foi porque minha havaiana arrebentou, então resolvi tirar a
outra também, estava longe de casa e com preguiça de voltar, continuei assim
mesmo. Ao entrar no mercado o caixa me olha e exclama: - Dona V como vai? Resolveu
colocar os pés para fora nesta chuva?
Dei
um sorriso amarelo e consenti com a cabeça, comprei a minha querida coca cola e o deixei sem nenhuma explicação.
Volto
para casa sentindo o cheirinho de pão de queijo, porem vejo que é na vizinha,
me deu uma louca vontade em ir lhe fazer uma visita,
Mas
lembro de que é a vizinha que sabe da vida de todos. E na minha imaginação vem
uma suspeita: será que seria uma armadilha preparada para as pessoas que passam
pela rua tentando atraí-las para que ela possa matraquear? Passo bem rápido de cabeça baixa fazendo de conta que estou
pensando na vida. Na verdade estava me achando um tanto maluca e inútil. Dou
uma olhada para trás e vejo que daquela casa igreja o caixão esta saindo, há tantos
gritos de dor que automaticamente apresso meus passos e abro e fecho o portão
tão rapidamente como posso. Não quis ser mais um curioso com um olhava sobre o
pai tão angustiado e ainda os rumores de que a culpa com certeza era desde distraído.
Pessoas ajuízam sem saber o real da historia. Determinando não mais pensar
sobre o assunto escondo-me por trás dos muros da minha solidão...
Verinha LuTi
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